La Escriturária

Meu amor pela Palavra de Deus expresso aqui!

A voz do Espírito Santo. Nossa consciência.

Sei que muito desta cobrança de mim pela qual tenho passado se relaciona ao meu relacionamente com Deus.
Ultimamente, não tenho sido a melhor das filhas em tempo integral, mas eu tenho me esforçado. Eu acho. :/

É que a sensação que eu tenho é que nunca chego ao meu máximo, é que estou fadada ao fracasso e à mediocridade.
Decidi realmente que o que eu vou fazer é seguir minha consciência, meus desejos não.

CONSCIÊNCIA!

Certa vez eu li:
"o que às vezes chamamos de consciência é a voz do Espírito Santo".

Vocês já perceberam isso? Quando fazemos algo de errado, nos damos conta de que a nossa cosciência já tinha desempenhado o papel de nos alertar, e nós não damos atenção...

Eles querem Deus. Querem um pouco de nós.


Este é um trecho do livro "A Trégua", de Mario Benedetti. Sobre o que o livro fala não é necessário explicar agora, apenas levanto a questão de que não é um livro de conteúdo excepcionalmente cristão. Por favor, leiam.



"Sábado, 24 de agosto


São raras as vezes em que penso em Deus. No entanto, tenho um fundo religioso, uma ânsia de religião. Quisera me convencer de efetivamente possuo uma definição de Deus, um conceito de Deus. Mas não possuo nada semelhante. São raras as vezes em que penso em Deus, simplesmente porque o problema me execede tão demasiada e soberanamente, que chega a me provocar uma espécie de pânico, uma debandada geral da minha lucidez e das minhas razões. "Deus é a Totalidade", diz com frequencia Avellaneda. "Deus é a essência de tudo", diz Aníbal, "é o que mantém tudo em equilíbrio, em harmonia. Deus é a grande coerência". Sou capaz de entender ambas as definições, mas nem uma nem outra é minha definição. Provavelmente eles estão certos, mas não é esse o Deus de que preciso. Preciso de um Deus com quem dialogar, um Deus em que posso buscar amparo, um Deus que me responda quando eu o interrogo, quando o metralho com minhas dúvidas. Se Deus é a Totalidade, a Grande Coerência, se Deus é só a energia que mantém vivo o Universo, se éalgo tão incomensuravelmente infinito, o que lhe possa importar, eu, um átomo precariamente encarapitado num insignificante piolho do seu Reino? Não me importa ser um átomo do último piolho do seu Reino; importa-em que Deus esteja ao meu alcance, importa-me aprendê-lo, não com minhas mãos, claro, nem com meu raciocínio. Importa-me apreendê-lo com meu coração."


Percebam como um homem, comum, com sua família, seus problemas, suas conquistas e tudo mais sente a necessidade de conhecer a Deus. Tenho absoluta certeza que por aí se encontram milhares de personagens como estes: sedentos. Sedentos de um Deus que possa responder às suas perguntas, que os possa consolar. Não só com vontade de serem consolados, mas também com vontade de conhecê-Lo, de ter uma definição. E o que falta para que a busca comece e o que se procura seja encontrado? Vontade podemos perceber que ele tem, e muita, o que falta realmente é alguém. Alguém que se disponibilize a entendê-lo, para então apresentá-lo a Deus. Aí, não só ele irá confirmar que Deus é a Totalidade, a Grande Coerência, mas também um Amigo, um Pai, um Irmão. Tudo o que ele precisa.
"Tenho constatado que toda perfeição tem limite; mas não há limite para o teu mandamento."
Sl 119:96