Vivo um tempo muito difícil na minha vida. Eu não estou passando fome nem frio, não é a esses tipos de dificuldades que me refiro. Já faz uns dois anos que não me congrego com regularidade. Eu não me desviei, por sinal, não gosto nada deste termo, quem usa essa palavra parece-me muitas vezes que julga uma pessoa, dizendo que ela está errada e uma pecadora para sempre, como muitos de nós somos.
Eu leio minha bíblia em casa, faço minhas orações, o Espírito Santo me incomoda muito. Desde que saí da última igreja em que estive realmente não tenho mais vontade de estar em uma, mas sinto falta da congregação, só quero isso: me congregar. Que seja em um café com duas amigas, que seja na minha casa com mais três pessoas, que seja numa igreja orgânica ou num culto tradicional aos sábados... Eu só quero me congregar, porque é muito difícil tentar seguir a Cristo não tendo quem te escute.
Eu não estou sozinha, eu sei que Jesus Cristo está sempre ao meu lado me guiando, mas é tão bom e sadio ter uma amiga (o) por perto pra conversar sobre seus temores e felicidades. Além de que é uma maneira de continuar firme, ter aquela pessoa ali tão querida com o mesmo propósito que o ser, de seguir a Cristo, te dando forçar e te apoiando pra você não cair, intercedendo por você, alguém com que você possa contar as burradas que você fez e não te julgue nem te olhe torto, mas sente com você e ore por perdão. Por duas vezes esta semana li em minha casa, sozinha à noite, na hora da oração, coisas que me falavam sobre isso, ser autêntico com alguém, ter esse alguém por perto, confessar seus pecados. Eu quero isso pra mim.
Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado. (Sl32: 3-5)